Come promesso, ecco le interviste con Sabastião Salgado e Lelia Wanick Salgado, incontrati a Venezia alla casa TRE OCI in occasione della première e conferenza stampa della mostra GENESI basata sul lavoro fotografico di Salgado. Non posso che ripetere, rileggendo quanto registrato e ripensando anche alle altre conversazioni avute con loro, che sono due persone straordinarie ed una coppia meravigliosa. Li ringrazio ancora per l’esperienza.Vi invito caldamente a recarvi a Venezia per osservare da vicino il lavoro di Sebastiao e Lelia Salgado.
Como prometi, aqui está a entrevista com Sebastão Salgado e Lélia Wanick Salgado, que fiz no encontro com o casal na casa TRE OCI em Veneza, em ocasição da primière da abertura da exposição GENESIS. Torno a repetir a minha tamanha admiração por esse casal. São duas pessoas extraordinárias. Agradeço mais uma vez por ter tido essa experiência. E não me resta que deixar essa dica para você que estará de passagem por Veneza nós próximos meses ( até o dia 11 de Maio); de ir observar de perto o trabalho de Sebastião e Lélia Salgado na exposição GENESIS.
Iniziamo con Sebastião Salgado:
Começamos com Sebastião Salgado:
Da dove nasce il progetto Genesi?
Onde nasceu o projeto Genesis?
É nato in Aimorés nel Mina Gerais, Brasile, nella valle do Rio Doce, iniziando con il ripiantare la foresta che noi due abbiamo lí, dove non c’era più. Da qui mi é tornata la voglia di fotografare. In quel periodo avevo abbandonato quasi del tutto la fotografia, quando sono tornato alla fotografia, ho voluto fotografare la natura. Penso che la natura oggi faccia parte di un “tutto” globale .(Qui) Dobbiamo includere l’ecosistema come consideriamo la ridistribuzione della ricchezza, la battaglia alla povertá. Il problema ambientale deve essere discusso e considerato di necessitá suprema.
O projeto GENESIS nasceu em Aimorés, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Começando o plantio dessa floresta que nós hoje temos lá e que ja plantamos mais de 2 milhões de árvores, voltou em mim uma grande vontade de fotografar, porque no momento eu tinha praticamente abandonado a fotografia e quando eu voltei a fotografar, voltei fotografando a natureza. Eu acho que a natureza hoje ela faz parte de um departamento global, nós temos que incluir o meio ambiente como incluímos a redistribuição da riqueza, o fim da pobreza; então hoje o meio ambiente tem que ser discutido, é uma necessidade suprema.
Scendendo nei particolari, cosa ha provato nello scoprire le emozioni di un gorilla che si é visto per la prima volta riflesso nell’obbiettivo della sua macchina fotografica?
Entrando nos detalhes da mostra GENESIS, o que você sentiu quando fotografava um Gorila que se viu refletido pela primeira vez na lente da sua camera fotográfica?
Per me é stata una cosa molto, molto importante. É successo mentre fotografafo nel parco di Virunga in Ruanda, quando un giovane gorilla venne nella mia direzione. Stavo fotografando con una camera di medio formato, che é relativamente grande, con lenti piatte, che pertanto funzionavano come uno specchio. Lui si é mosso e si é reso conto di un movimento riflesso nella lente. Si é avvicinato di piú, si metteva e toglieva il dito dalla bocca, cosa che gli ha permesso di identificare se stesso, rendendolo cosciente per la prima volta di vedersi riflesso. É stato altamente emozionante, mi sono sentito come se io stesso, per la mia specie, 50.000 anni fa, andando a bere in un corso d’acqua vedessi per la prima volta la mia immagine riflessa in uno specchio, testimoniando un passo dell’evoluzione di fronte a me.
Para mim foi uma coisa muito, muito importante. Quando eu estava fotografando nos parques do Virunga no Ruanda, e um jovem Gorila veio em direção a mim. Eu estava fotografando com câmeras de médio formato que são câmeras grandes e as lentes são planas na frente então, quando você olha na frente de uma lente dessas é um pouco como um espelho. E ele fez um movimento, ele identificou o movimento, ele estava se vendo no espelho, ele chegou pertinho de mim e começou a colocar o dedo na boca e a retirar e a identificar que era ele, se vendo pela primeira vez e tendo a consciência da imagem dele vista num reflexo. Eu fiquei altamente emocionado, eu me senti eu mesmo dentro da minha espécie há 50 mil anos atrás quando eu fui tomar água num riacho, vendo a minha imagem pela primeira vez. Eu estava presenciando uma das cadeias da evolução na frente de mim.
Questa foto di un cucciolo di elefante marino é l’unica di tutta la mostra GENESI in cui lei appare riflesso?
Essa foto do elefante marinho bebé é a única foto, de todas da exposição GENESIS, em que você aparece refletido no olho do animal?
Esattamente, é l’unica fotografia in cui mi si vede riflesso nell’occhio del piccolo elefante marino, nell’isola della Georgia del sud nel circolo polare Antartico.
Exatamente, nessa fotografia eu estou aí refletido no olho desse bebé de elefante marinho na ilha da Georgia do sul, dentro do círculo polar antártico.
Dove nasce la Sua voglia di fotografare?
Onde nasceu a fotografia dentro de você?
Come i miei progetti nasce nello stato di Minas Gerais con le sue colline, le montagne, quella luce, per esempio del momento che anticipava il periodo delle piogge: erano nuvole favolose, lampi fantastici, quelle montagne senza fine della mia provincia, che mi facevano sognare quello che poteva esserci aldilà, tutte queste luci, i profili dei rilievi, sono entrati nella mia fotografia, e quando guardo una fotografia, rivedo in me un poco di questa luce in tutte le sue parti.
A minha fotografia também nasceu lá pelo interior de Minas Gerais, com aquelas nossas colinas, aquelas montanhas fantásticas da minha região, seguramente são aquelas luzes por exemplo, no período que antecedia a época das chuvas, olha eram nuvens fabulosas, eram raios fantásticos, eram aquelas montanhas sem fim de Minas Gerais que eu tinha um sonho de ir ver mais longe; então acho que essa luz, todo aquele relevo, entrou na minha fotografia e eu acho que quando eu olho uma fotografia, em mim, eu vejo um pouco dessa luz em todas as partes.
Come é stato vivere da rifugiato per 11 anni lontano dal Brasile?
Como foi ficar 11 anos refugiado, longe do Brasil?
Guarda, é stato difficile abitare tutti questi anni fuori dal Brasile, ed in più quando me ne sono andato c’era un Brasile che non era quello in cui sono tornato. Le città sono cambiate, le persone che conoscevo invecchiate. Ho lasciato i miei genitori forti e giovani e al ritorno erano vecchi, fu tutto molto difficile. Penso che il tema dei rifugiati sia molto difficile, e che i paesi che accolgono i rifugiati o gli immigrati debbano rispettarli molto perché perdono molto e si lasciano alle spalle moltissimo.
Foi difícil morar todo esse tempo fora do Brasil e mais, quando eu sai era um Brasil e quando eu voltei era um outro Brasil. As cidades tinham modificado, as pessoas que eu conheci tinham envelhecido, eu deixei os meus pais ainda fortes, jovens e cheguei e achei os meus pais envelhecidos, então foi tudo muito, muito difícil. Eu acho que essa parte do refugiado, é uma parte muito difícil, eu acho que os países que recebem os refugiados, imigrantes, tem que respeita-los muito porquê eles perdem muito, eles deixam muito para trás quando eles saem.
É stato difficile affermarsi come fotografo in un paese straniero?
Como fotógrafo estrangeiro em um país que não é o nosso, foi difícil se destacar?
No, non lo é stato. In Francia, che é il paese dove ho iniziato a lavorare, sono stato accolto molto bene, aiutato e compreso. D’altra parte la Francia é la mia base di lavoro dove vado ad editare e diffondere le mie fotografie, e dove ritorno per caricare le mie energie con la mia famiglia, ma il mio posto di lavoro come fotografo é il mondo.
Não, não foi difícil começar a fotogafia na França e fazer o meu trabalho. Os franceses tem um sentido de solidariedade muito grande, eu fui bem aceito, bem respeitado, tive uma possibilidade de trabalho. Agora, a minha base de trabalho é a França mas o meu local de trabalho é o mundo. Eu viajo o mundo inteiro, então no projeto GENESIS, eu só voltava a França quase que para fazer edição, difusão, reabastecer na minha energia vital que é a minha família e continuar o meu trabalho que sempre foi no planeta inteiro.
Ho visto un intervista nella quale ha dichiarato che gli Stati Uniti hanno un grande numero di parchi naturali che sono ben conservati. Parlando dell’Amazzonia, come é protetta da noi Brasiliani?
Vi uma reportagem sua em que você falava que os Estados Unidos possuem uma grande quantidade de parques naturais e que são bem preservados. A Amazônia, como ela está sendo protegida por nós brasileiros?
Guarda, questo é un argomento molto interessante. Gli Americani sono veramente riusciti a proteggere sin dal diciannovesimo secolo una grande quantità di territorio che si é trasformata in parchi naturali , e sono realmente protetti, sia nella parte principale degli Stati Uniti come nell’Alaska. Credo che il Brasile dovrebbe assumere questa posizione. In più il Brasile possiede una cosa che gli Americani non hanno: il trattamento che Statunitensi, Canadesi, Australiani hanno riservato alle loro popolazioni indigene, é stato un vero sterminio, una barbarie: un passo che il Brasile non ha compiuto.Il Brasile possiede una grande Istituzione chiamata FUNAI che é riuscita a proteggere le tribù indigene brasiliane o la maggior parte di esse. Il Brasile é l’unico paese al mondo che ha il 12,5% del suo territorio occupato da indigeni. Esistono per lo meno un centinai di comunità indigene che non hanno alcun contatto con la civiltà occidentale. Ovviamente la FUNAI sa dove si trovano, ed oggi cerca di proteggerle nel miglior modo possibile.
Olha, é uma questão muito interessante. Os americanos realmente conseguiram guardar desde o século 19 uma grande quantidade de terras que se transformaram em parques nacionais e , são territórios realmente protegidos tanto no território principal dos USA como no Alaska. O Brasil, eu acho que teria que tomar essa posição. Mas, o Brasil, tem uma outra coisa que os americanos não tem: o tratamento que foi dado pelos americanos, pelos canadenses e pelos australianos as populações indígenas deles foi uma verdadeira chacina, uma barbaridade; ao passo que o Brasil não. O Brasil tem uma grande instituição chamada FUNAI que conseguiu proteger as tribos indígenas brasileiras ou a maior parte delas. O Brasil é o único país do mundo que tem 12,5 % do seu território, território indígena. Existem pelo menos uma centena de comunidades indígenas que não tem contato com a civilização ocidental. A FUNAI, claro que sabe onde estão todos e hoje a tentativa é de protegê-los o melhor possível.
Qual é il messaggio che vorrebbe che ognuno di noi portasse a casa dopo aver assistito a questa mostra?
Qual é a mensagem que você gostaria que levássemos conosco a partir do momento que visitamos a exposição GENESIS?
Quello che vorrei é che le persone che vengono avvedere l’esposizione, portassero con maggiore comprensione del nostro pianeta, rispetto ed ammirazione, capendo che anche loro ne fanno parte, e che anche noi siamo natura .
Eu queria que as pessoas que vinhessem ver essa exposição, tivessem uma compreensão do planeta, que respeitassem o planeta, admirassem o planeta e compreendessem que elas também são parte do planeta, que nós também somos natureza.
Dove andrà la mostra dopo Venezia?
Qual cidade italiana receberá a mostra depois de Veneza ?
Milano.
Milão.
Adesso le domande che ho fato a Lélia Wanick Salgado:
Agora vamos as perguntas que fiz a Lélia Wanick Salgado:
Come sono state scelte le parti del pianeta che avete visitato per il progetto Genesi?
Qual foi o critério de escolha para escolher as as partes do planeta que vocês visitaram no GENESIS?
Abbiamo fatto una ricerca durata due anni, e che alla fine ha portato ad identificare 32 aree. Localitá che sono tuttora pure e che non hanno patito trasformazioni. Abbiamo cercato animali selvaggi non addomesticabili nel loro habitat, e persone che vivono in un modo completamente “originario”, e che sono assolutamente lontani dalla società dei consumi nella quale noi viviamo. Abbiamo anche organizzato come arrivare in questi luoghi, per alcuni dei quali l’accesso é stato molto complicato. Per esempio, nel caso della regione del Pantanal,per poter arrivare in qualche località noi abbiamo dovuto contattare le fondazioni che lavorano lí, avere l’aiuto di guide, ecc.
Nós fizemos pesquisas, que durou 2 anos e no final chegamos a 32 lugares. Lugares que estão ainda puros e que não sofreram transformações, procuramos animais selvagens, não domesticáveis e onde vivem e procuramos pessoas que vivem de uma meneira completamente original e que não vivem absolutamente em uma sociedade de consumo como nós vivemos. Também organizamos como chegar nesses lugares onde em alguns o acesso foi muito complicado. Por exemplo no Pantanal, para ter acesso ha alguns lugares a gente tem que contatar as fundações que trabalham nos lugares, ter o auxílio de guias,etc.
Avete svolto una preparazione fisica specifica prima di partire per le spedizioni?
Vocês tiveram alguma preparação física antes de partir expedições?
No, nessuna preprarazione.
Não, preparação nenhuma.
Ed il cibo?
E a Alimentação?
Abbiamo portato con noi le provviste per tutti i luoghi in cui siamo stati. Anche perché in nessun posto c’era dove poter comprare cibo. Per esempio in Amazzonia, gli indios cacciano per se setssi, ed ovviamente non hanno nessun obbligo di cacciare per noi. Sarebbe assurdo. Ed allo stesso modo, non possiamo dare a loro il nostro cibo, per non contaminare la loro cultura. In certe spedizioni avevamo 20 muli per aiutare a caricare tutto ciò che avevamo ed anche le provviste per loro. C’era anche da tener presente il numero di persone che viaggiava con noi.Per esempio, alle Galapagos, abbiamo affittato una imbarcazione per due mesi, con il capitano più tre persone. Due di loro camminavano con noi, una era la guida, e l’altro aiutava a trasportare i bagagli. E abbiamo anche camminato molto. A volte la barca ci lasciava in un punto e poi passava 2 o 3 giorni dopo a raccoglierci in un altro.
Levamos a alimentação para todos os lugares que fomos. Até porque nesses lugares não tem lugar para comparar comida. Por exemplo, na Amazônia, os índios eles caçam para eles e logicamente não devem ter a obrigação de caçar para a gente. Não teria nenhuma razão. E também não podemos dar a nossa alimentação para os índios para não atrapalhar a cultura deles. Em algumas expedições tinham 20 mulas para ajudar a carregar tudo que tínhamos e a alimentação para alimenta-las também. Tinham também a organização do número de pessoas que iam aos lugares conosco. Por exemplo, em Galápagos alugamos um barco durante 2 meses, tinhas o capitão do barco, e mais 3 pessoas. Dois deles caminhavam conosco, um era o guia e o outro ajudava a carregar as nossas mochilas. E caminhamos muitos. As vezes os barcos nós deixava em um lugar e depois de passados 2 ou 3 dias ia nos pegar em uma outra localização.
Qual é il mezzo di trasporto più difficile che avete utilizzato?
Qual o meio de transporte mais difícil que vocês utilizaram?
Non ce n’é uno più difficile di altri. Il difficile era camminare, affrontare le salite e attraversare la foresta. Per esempio é stato molto difficile camminare in Africa quando Sebastiao fotografó i gorilla di montagna in Ruanda ed in Congo. É molto difficile tenere il loro passo, perché bisogna muoversi molto rapidamente, su terreno di montagna con salite e molta vegetazione che si aggrappa ai tuoi piedi , e si cade molto, é un percorso molto complicato da seguire.
Não tem o mais difíficil. O mais difícil mesmo foi caminhar, fazer subidas e caminhar dentro da floresta.Por exemplo foi muito difícil caminhar na África quando Sebastião foi fotografar os Gorilas das montanhas em Ruanda e no Congo. É muito difícil caminhar atrás dos Gorilas porque temos que caminhar muito rápido e nas montanhas com subidas e existem muitas plantas que se atacam nós pés e você cai muito, é muito complicado de se caminhar.
Come é nato l’Instituto Terra in Brasile?
Como nasceu o Instituto Terra no Brasil?
L’Instituto Terraé nato subito dopo aver terminato il lavoro che abbiamo fatto prima di Genesi, un lavoro difficile che racconta dei popoli che sono in movimento che si chiama Os Imigrantes, che ha avuto momenti molto difficili, molto duri, come ad esempio gli omicidi di massa in Ruanda, un lavoro dal quale siamo usciti molto segnati. E fu esattamente in questa epoca che i miei suoceri (che già erano anziani) e possedevano una fattoria nella Valle do Rio Doce, in Minas Gerais, chiesero che noi ce ne occupassimo e che la comprassimo, all’inizio degli anni 90. Così la acquistammo, ma alla fine non sapevamo cosa farcene . Cominciammo così ad osservare quanto questi terreni fossero molto degradati, in pessimo stato. Fu qui che ebbi la grande idea della mia vita, di piantare una foresta. Sebastião amó l’idea ed abbiamo cominciato subito a lavorare su come creare questa foresta. Abbiamo un amico che é ingegnere forestale e ama impiantare, così preparó un progetto, visitó il posto, consideró cosa avremmo dovuto piantare, quali specie della foresta atlantica vi si trovavano precedentemente. Egli inizió con un piano che prevedeva che piantassimo 2 milioni e 500mila alberi per creare una foresta per riempire uno spazio di 700 ettari. Così cominciammo ad investirci il nostro denaro, che non era sufficiente per cui costruimmo un progetto ricercando altri finanziatori, quali fondazioni ed istituzioni che finanziano progetti in tutto il mondo. Per esempio dal’Italia abbiamo ricevuto aiuti dalla regione Emilia Romagna, dalla provincia di Roma, dal Friuli Venezia Giulia e dalla città di Parma. Come da altri paesi quali gli Stati Uniti, Francia, Spagna , ecc. Siamo riusciti a fare molto, ed oggi l’Instituto Terra esiste da 15 anni. Adesso abbiamo una foresta con due milioni di piante che é ancora “bambina ” ma é una foresta meravigliosa. Francamente credo che l’Instituto Terra ed i miei figli siano la più grande vittoria della mia vita ( Lelia qui ha avuto un momento di commozione)
O instituto Terra, nasceu logo depois que terminamos um trabalho que fizemos antes do GENESIS, um trabalho difícil que fala sobre as populações que se movimentam o qual se chama Os Imigrantes, onde tiveram partes muito difíceis, muito duras, por exemplo o assassinato no Ruanda e no final a gente saiu desse trabalho muito abalados. E foi exatamente nesse época que os meus sogros ( já eram idosos) e que possuíam uma fazenda no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, quiseram que a gente, se ocupasse da mesma que a comprasse no início dos anos 90. Então compramos e no final não sabíamos o que fazer com aquela fazenda. E então começamos a observar que a terra desse local estava muito degradada, horrível. E foi ai que eu tive a grande ideia da minha vida de plantar a floresta. O sebastião adorou a ideia e começamos a trabalhar logo em seguida em como iríamos fazer essa floresta. Temos um amigo que é engenheiro florestal e que adora plantar, então ele fez um projeto, foi lá, trabalhou viu o que tinhamos que plantar, que espécie de mata atlântica que existia lá antes. Então ele começou com um projeto que nós devíamos plantar 2 milhões e 500 mil árvores pra preencher, fazer a floresta num espaço de 700 hectares. Então começamos a fazer com nosso dinheiro um pouco e começamos então a montar o projeto e sair atrás de patrocinadores, com fundações, instituições que financiam projetos do mundo todo. Daqui da Itália por exemplos recebemos ajudas de região Emilia Romagna, da província de Roma, da região Friuli Venezia Giulia e da cidade de Parma. E também de outros países, dos USA, da França, da Espanha, etc. Conseguimos fazer muita coisa e hoje já são 15 anos que o Instituto Terra existe. Nós temos hoje uma floresta com 2 milhões de plantas, uma floresta ainda “criança” mas é uma floresta maravilhosa. Francamente eu acho que o Instituto Terra junto com os meus filhos foram a maior vitória da minha vida ( nesse momento Lélia se comove).
Ed il progetto Terrinha?
E o projeto Terrinha?
É chiaro che ricostruire una foresta ha dato lo spunto ad altre idee, dovevamo approfittare di questa tecnologia che stavamo inventando perché prima non esisteva.Fare educazione ambientale é anche pensare ai nostri figli, così abbiamo istituito il progetto Terrinha che é un progetto meraviglioso di lavoro con i bambini, dando loro una coscienza ambientalista.
O fato de refazer a floresta claro que deu outras ideias, tínhamos que aproveitar dessa tecnologia que estávamos inventando porque antes não existia. Então o que é a gente tem que fazer? Vamos levar isso para outras pessoas. Levar para outras pessoas é fazer educação ambiental. Fazer educação ambiental é também pensar nas crianças e ai fizemos o projeto Terrinha que é um projeto maravilho que trabalha com as crianças nas escolas dando uma conscientização ambiental.
Come é stato il processo di selezione in mezzo a tante fotografie per scegliere quali sarebbero state esposte in Genesis, dato che é Lei che si occupa di tutta la parte che mostra il risultato finale del lavoro?
Como foi o processo de seleção no meio de tantas fotografias para escolher quais as que iriam serem expostas no GENESIS? Até porque é você que faz toda a parte de mostrar o resultado final do trabalho.
É complicato. Ogni volta che rientriamo da un viaggio facciamo una scelta da un grande numero di immagini. Queste sono quelle che poi sono destinate alle riviste. Di seguito stampiamo delle foto in grande formato di quelle che riteniamo siano le migliori, e le accantoniamo. Alla fine, in mezzo a questa grande quantità di foto, scegliamo quali siano le migliori, quelle che meglio rappresentano il progetto. Insieme scegliamo moltissime foto e all’interno di queste sono io che decido, e che faccio preparare il libro. Questo libro contiene più di 500 foto, mentre la mostra ne presenta quasi 250. Ci sono due versioni del libro. Il primo é il formato più grande, poi é stato fatto il piú piccolo. Sono completamente differenti. Il libro normale é diviso in 5 sezioni come nelle esposizioni. Il maggiore é più curato esteticamente, ogni foto succede a l’altra con un percorso preciso. Dato che é stato pensato per essere commercializzato qui nell’emisfero nord, l’ho creato per essere letto guardando una foto al giorno. Si inizia con foto dell’inverno, di luoghi freddi, per poi passare da climi miti al caldo con il trascorrere dell’anno, per finire tornando alle stagioni fredde.
É complicado. Cada vez que voltamos de uma reportagem a gente faz uma escolha, de uma quantidade de imagens. Essas quantidades de imagens são as que depois vão para as revistas. Em seguida depois fazemos umas fotos grandes das que achamos que são as melhores e guardamos. No final no meio dessa grande quantidade de fotos escolhemos quais as que a gente acha que sejam as melhores, as que mais dizem o que é o projeto. A gente já escolheu uma quantidade de fotos e dentro dessa quantidade o final sou eu que faço. Sou eu quem faz o livro. Esse livro GENESIS tem mais de 500 fotos e a exposição tem quase 250 fotos. Tem 2 versões do livro. O primeiro que fiz é o livro grande e depois fiz o menor. São completamente diferentes. O livro normal é como a exposição dividido em 5 secções. Já o grande é um livro mais estético, o qual coloquei uma foto atrás da outra que tem um caminho. Se como foi um livro feito para ser vendido aqui no hemisfério norte, então o fiz para ser visto uma foto por dia. Inicia com fotos do inverno, lugares do frio e vai esquentando de acordo com o passar do ano e termina voltando para o frio outra vez.
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